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Hormônio do crescimento aumenta risco de câncer de mama, diz estudo

O hormônio do crescimento (IGF-1), que potencializa a divisão celular, aumenta o risco do desenvolvimento de câncer de mama como consequência da multiplicação descontrolada das células, constata um estudo publicado pela revista científica “Lancet”.

A relação entre esse hormônio e o câncer de mama já tinha sido apontada por outras pesquisas, mas esta nova, realizada por cientistas da Universidade de Oxford, analisa os casos de aproximadamente 5 mil mulheres com câncer de mama de 12 países diferentes.

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Mito ou verdade? Afirmações sobre o câncer de mama

Só as mulheres com histórico familiar fazem parte do grupo de risco do câncer de mama. Antitranspirante pode causar a doença. Mamografia previne o câncer. Essas e outras afirmações são constantemente – e amplamente – divulgadas para a população. O problema é que algumas delas não passam de mitos e, ao invés de colaborar para que as mulheres se previnam, acabam por desinformá-las. E o pior: afastá-las da chance de curar a doença.

Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção do Câncer, celebrado na quinta-feira, 8 de abril, quem esclarece algumas das informações que circulam por aí é o médico mastologista do Hospital Amaral Carvalho de Jaú, dr. José Roberto Fígaro Caldeira, responsável também pelos Programas de Prevenção do Câncer da instituição. Confira:

MITO OU VERDADE?

A mutilação é sempre inevitável. (MITO)

Quanto mais precocemente se realiza o diagnóstico de um tumor, mais inicial é o seu desenvolvimento, portanto maior a probabilidade de preservação do órgão acometido.

A retirada preventiva da mama impede o surgimento de tumores. (REALIDADE EM TERMOS)

A chamada mastectomia redutora de riscos diminui em aproximadamente 90% a chance de desenvolver tumor, não sendo possível atingir 100%, pois o tecido mamário remanescente permanece junto ao subcutâneo da pele que reveste a mama,  e pode, portanto desenvolver tumor neste tecido residual. Tal técnica deve ser individualizada a cada paciente, indicada principalmente nas mulheres de alto risco (jovens, com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2)

Os cabelos nem sempre caem com a quimioterapia. (REALIDADE)

Depende dos agentes quimioterápicos utilizados para cada caso.

O estresse causa câncer de mama. (MITO)

Até o presente momento não há comprovação científica de estresse causando câncer mamário.

Com relação aos riscos, consumir bebida alcoólica não é tão perigoso quanto fumar. (MITO)

O câncer de mama tem seu risco aumentado e é diretamente proporcional à dose digerida de bebida alcoólica, principalmente os destilados.

O câncer de mama é a maior causa de mortalidade feminina no país. (REALIDADE)

Se pensarmos em causa de morte proveniente de câncer, é a principal. Perde somente para as doenças cardiovasculares.

Uma pancada forte na mama pode desencadear o processo que leva ao câncer. (MITO)

Não há comprovação científica entre trauma e início de câncer mamário.

Só as mulheres com histórico familiar fazem parte do grupo de risco. (MITO)

Com histórico familiar, principalmente as descendentes diretas e colaterais, que sentem um maior risco (duas vezes mais), porém as pacientes que tiveram a menarca precoce (antes dos 10 anos); menopausa tardia (após 55 anos); nuliparas (mulheres sem filhos); 1ª gravidez após os 30 anos; uso de terapia de reposição hormonal prolongada, também são consideradas pacientes de risco.

Nódulos nas mamas predispõem ao câncer. (MITO)

Os nódulos podem ser císticos (bexiga d’água) ou sólidos. Felizmente a imensa maioria dos nódulos mamários são de etiologia benigna, porém tem que esclarecer e investigar, assim que perceber qualquer nódulo mamário.

A mamografia previne a doença. (MITO)

A mamografia não previne, ela detecta a doença em já instalada, em sua fase inicial. Porém com o diagnóstico precoce, detectado pela mamografia e/ou ultrassonografia, propicia maior chance de cura.

Desodorante antitranspirante causa câncer de mama. (MITO)

Não existe o menor fundamento científico em tal afirmativa.

Pró-Mama atende mais de 70 mulheres por mês em Jaú

O Pró-Mama, Programa de Prevenção do Câncer de Mama do Hospital Amaral Carvalho, atende em média 70 pacientes por mês entre os casos novos e retornos. As ações desenvolvidas são direcionadas principalmente à prevenção primária e secundária e visam à orientação quanto ao melhor hábito de vida, incluindo atividade física e alimentação saudável. O objetivo é reduzir ao máximo o risco de desenvolver o câncer mamário.

“Estas ações são principalmente desenvolvidas em eventos que ocorrem no município de Jaú, com a distribuição de folders educativos, chamando a atenção de como se prevenir da melhor maneira possível contra o câncer de mama. Outra importante ação desenvolvida é a prevenção secundária, com a realização de mamografias e ultrassonografia mamárias conforme suas indicações. Nos casos de pacientes consideradas de risco pelo modelo de Gail, além do acompanhamento médico, a paciente recebe também o acompanhamento psicológico por profissional especializado para este fim”, explica dr. Caldeira.

E não é só o Programa de Prevenção do Câncer de Mama que vem atingindo seus objetivos. Graças ao trabalho realizado por todos aos programas de prevenção do Hospital Amaral Carvalho (mama, colo do útero, melanoma, próstata e boca) o número de casos de câncer avançados vem sendo reduzido de forma significativa. “Estamos cada vez mais alcançando o paciente enquanto a doença ainda está na fase inicial e é passível de cura. A prevenção ainda é o melhor caminho”, conclui dr. Caldeira.

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Para entender o Câncer de Mama

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. Segundo Selmo Minucelli, hematologista e oncologista da DASA, que é representada em Mato Grosso pelas marcas Cedic/Cedilab, os principais fatores de risco para o câncer de mama estão relacionados à vida reprodutiva da mulher (primeira menstruação precoce, idade acima de 30 anos no primeiro parto, nuliparidade – mulher que ainda não teve parto ou filhos -, obesidade, consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivo oral e terapia de reposição hormonal).

A história familiar de parentesco de primeiro grau torna-se um risco ainda maior para mulheres com um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos. Também entram nesta esfera as mulheres com um ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário.

Minucelli lembra que o Ministério da Saúde no Brasil recomenda como principais estratégias de rastreamento da população um exame mamográfico, pelo menos a cada dois anos, para mulheres entre 50 a 69 anos, além do exame clínico anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos. O exame clínico da mama deve ser realizado em todas as mulheres que procuram o serviço de saúde, independentemente da faixa etária, como parte do atendimento à saúde da mulher.

Para mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau) recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos. Minucelli reforça que o diagnóstico precoce é a melhor forma de aumentar os índices de cura, sendo a mamografia um dos principais métodos de rastreamento. “O diagnóstico precoce permite a descoberta do câncer de mama quando o tumor é bem pequeno e ainda não é percebido na palpação”, explica o especialista.

O oncologista relata que os principais sintomas e sinais da doença são nódulo endurecido indolor na mama, a maioria descoberto pela própria paciente. Sintomas menos frequentes incluem dor, secreção mamilar, erosão, retração da pele, prurido, vermelhidão e massa axilar.

Fonte: DASA

SBMFC fala sobre câncer de pele, mama e colo do útero no Dia Internacional da Mulher

Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) vão ocorrer mais de 480 mil novos casos de câncer este ano, sendo mais de 250 mil em mulheres. Os tumores mais incidentes para este público são os tumores de pele não-melanoma (60 mil novos casos), mama (49 mil), colo de útero (18 mil), cólon e reto (15 mil) e pulmão (10 mil). O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Gustavo Gusso, afirma que as doenças podem ser evitadas com visitas regulares ao médico e adotando as medidas necessárias de prevenção. “O câncer de mama é o mais temido devido aos efeitos psicológicos que afetam a sexualidade e a imagem pessoal. No Brasil, ele é o que mais causa mortes entre as mulheres”.

Números do INCA

Câncer de pele: O número de casos novos de câncer de pele não-melanoma estimado para o Brasil é de 60.440 nas mulheres em 2010. Esses valores correspondem a um risco estimado de 61 a cada 100 mil mulheres. O câncer de pele não-melanoma em mulheres é o mais frequente nas regiões Sul (87/100.000), Centro-Oeste (66/100.000), Nordeste (61/100.000) e Norte (28/100.000). Na Região Sudeste (56/100.000) é o segundo mais incidente.

Mama: O risco estimado de câncer de mama entre as brasileiras é de 49 casos a cada 100 mil mulheres. Na Região Sudeste, esse é o tipo mais incidente (65 casos novos por 100 mil mulheres). Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de mama também será o mais frequente nas mulheres das regiões Sul (64/100.000), Centro-Oeste (38/100.000) e Nordeste (30/100.000).

Colo do útero: São esperados 18.430 casos de câncer de colo do útero no Brasil em 2010, com risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, é o mais incidente na Região Norte, com risco de 23 casos a cada 100 mil mulheres. Nas regiões Centro-Oeste (20/100.000) e Nordeste (18/100.000), ocupa a segunda posição e nas regiões Sul  e Sudeste, a terceira.

Sobre as doenças

No caso de câncer de mama, o sintoma principal do câncer palpável é o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos na axila. O presidente da SBMFC não indica o auto-exame das mamas e sim a realização dos exames de rotina como a mamografia dos 50 aos 69 anos com frequência mínima de dois anos. O histórico familiar e a idade são fatores que podem ocasionar o câncer.

O Brasil registra seis vezes mais mortes por câncer do colo uterino do que os países desenvolvidos como a Inglaterra e os Estados Unidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 9 mil brasileiras morrem por ano vítimas do tumor. Vários são os fatores de risco como fatores sociais, má higiene, uso prolongado de contraceptivos orais, atividade sexual precoce, gravidez antes dos 18 anos, fumo, infecção pelos vírus HPV e HSV, vida sexual ativa com vários parceiros. “O vírus HPV, por exemplo, está presente em 94% dos casos de câncer de colo do útero. O exame preventivo, o papanicolaou, deve ser feito anualmente”, orienta Gusso.

câncer de pele é o tipo mais comum. Em 90% dos casos estão relacionados à exposição excessiva ao sol. Por ser visível pode ser diagnosticado e tratado em fase precoce, o que torna a cura possível na maioria dos casos. “Ferida sem causa aparente que não cicatriza; pinta ou sinal de nascença que sofreu alteração no tamanho, cor e aspecto, acompanhado de coceira, dor ou sangramento, são os sintomas que o paciente pode ficar atento. Os fatores de risco não são a causa do problema, mas aumentam as chances da pessoa desenvolver a doença. A hereditariedade, a exposição inadequada ao sol, peles claras com grande quantidade de sardas ou pintas, entre outros podem ocasionar a doença”, diz o presidente.

Gravidez representa proteção adicional contra câncer de mama

Já era conhecido o fator protetor desempenhado pela amamentação. Pesquisa recente sugere também unificação da proteção originária de fatores hormonais

A pesquisa publicada no periódico “Cancer Prevention Research” afirma que hormônios estrogênio, progesterona e a gonadotrofina coriônica humana, produzidos durante a gravidez, induzem a proteína alfa-fetoproteína (AFP), que é um agente conhecido e utilizado para coibir o crescimento dos tumores mamários.

A pesquisa foi conduzida por Herbert Jacobson, que atua como pesquisador no Centro para Doenças Imunológicas e Microbianas no Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas do Colégio Médico Albany, em Nova York

A AFP é uma proteína produzida normalmente pelo fígado e pela vesícula vitelina que envolve e nutre o feto nas primeiras semanas de sua gestação.

Jacobson e seus colegas procuraram determinar se a administração de hormônios da gravidez a ratas expostas a agentes cancerígenos as levava à produção da AFP, o que, por sua vez, causa o efeito protetor.

Os resultados do estudo mostraram que o tratamento com estrogênio e progesterona, estrogênio sozinho ou gonadotrofina coriônica humana reduz a incidência de câncer de mama nos ratos.

Além disso, os pesquisadores notaram que cada um destes tratamentos elevou o nível de AFP no sangue e inibia diretamente o crescimento das células de câncer de mama em cultivos, o que indica que estes hormônios da gravidez servem para prevenir essa doença.

Powel Brown, editor da publicação da Associação Americana para a Prevenção do Câncer, diz que os pesquisadores não mostraram diretamente a atividade preventiva do câncer da AFP, mas encontraram uma associação destes hormônios na prevenção dos tumores de mama.

Fonte: A Proposed Unified Mechanism for the Reduction of Human Breast Cancer Risk by the Hormones of Pregnancy

Published Online First on November 24, 2009

[Cancer Prevention Research, 10.1158/1940-6207.CAPR-09-0050]

Risco de morte aumentado para mulheres que não fazem mamografias

Pesquisa publicada em 15 de outubro de 2009 pela Elsevier Global Medical News, afirma que 75% das mortes ocasionadas por câncer de mama ocorrem em mulheres que não faziam o exame da mamografia.

A pesquisa envolveu 6.977 pacientes com a doença diagnosticada entre 1990 e 1999, com acompanhamento até 2007

Veja mais informações em:

http://www.oncologystat.com/news-and-viewpoints/news/Most_Breast_Cancer_Deaths_Occur_in_Women_Who_Don_t_Get_Routine_Mammograms_US.html