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SBCM promove 11º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica prepara seu 11º Congresso Brasileiro de Clínica Médica, que será realizado na cidade de Curitiba (PR), de 26 a 29 de outubro de 2011. O local escolhido para sediar este tradicional evento foi o campus da Universidade Positivo e o Centro de Convenções Expo-Unimed, uma estrutura que propiciará a realização de atividades em 14 auditórios simultaneamente. Portanto, serão abordados mais de 550 temas relacionados à Clínica Médica com a participação de cerca de 350 professores convidados de todo o país.
De acordo com o presidente do congresso e vice-presidente da SBCM, Dr. César Alfredo Pusch Kubiak, o evento terá como principal atrativo seu programa científico que irá abordar amplamente temas da atualidade do clínico, como Medicina Ambulatorial, Medicina Hospitalar, Medicina Diagnóstica e Medicina de Urgência e Emergência. Além dessas temáticas, o congresso trata de assuntos relacionados à Ética e Bioética, Saúde da Família, Epigenética do Câncer, Psiquiatria Clínica, Psicologia Médica, Antropologia da Saúde, Sociologia da Saúde, Medicina Ambiental e Hebiatria.
Pré-Congresso
Nos dias que antecedem o congresso, já está programada a realização de 5 cursos, que terão inscrições abertas a partir de janeiro. O primeiro deles é o Simurgem, Curso de Simulação em Medicina de Urgência e Emergência, promovido pela SBCM em parceria com a Abramurgem e o Instituto Paulista de Treinamento e Ensino (IPATRE). Também estarão abertas vagas para a realização do ACLS (Advance Cardiologic Life Support), além dos cursos de Perícia Médica, Medicina Ambulatorial e Geriatria para o Clínico. “Para completar, estaremos oferecendo ainda um curso que chamará ‘o que precisamos saber de’, para tratar de assuntos como Dermocosmiatria, Cirurgia Metabólica, entre outros”, explica Kubiak.
No último Congresso Brasileiro de Clínica Médica, realizado em 2009 na cidade de São Paulo (SP), o Centro de Convenções Anhembi contou com mais de 4 mil participantes. A expectativa é de receber em Curitiba um público ainda maior.
Para mais informações, visite o site http://www.congressosbcm2011.com.br. As inscrições estarão abertas a partir de janeiro de 2011.

Acontece Comunicação e Notícias

Mais responsabilidade com a saúde e a Medicina

Voltaram a figurar na imprensa, nos últimos dias, notícias relacionadas à interiorização da Medicina. Todos sabemos que o Brasil tem carência enorme de profissionais médicos em áreas de difícil acesso. Seria perfeito se, entre as reportagens, houvesse alguma dando conta de que o governo elaborou política consistente e responsável para resolver o problema.

Porém, não é o que ocorre. Podemos citar como exemplo a política anunciada no fim de 2009 que sugeriu a criação de facilidades para a convocação de médicos ao serviço militar obrigatório, mesmo após dispensados anteriormente por excesso de contingente. Mais recentemente, também foi apontada a possibilidade de financiamento do estudo de alunos em escolas particulares de Medicina, tendo como contrapartida a prestação de serviços em áreas remotas após a graduação.

Ora, são propostas irresponsáveis e que não tratam a Medicina e a saúde com o respeito que merecem. As entidades médicas brasileiras, entre elas a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, já se posicionaram firmemente contra tais sandices. No caso do serviço militar obrigatório, é um absurdo achar que é possível transformar o recém-formado em mão de obra remanejável apenas porque o governo não tem capacidade de equacionar os problemas da assistência aos cidadãos.

Já o financiamento de bolsas nos moldes propostos, acabaria, de fato, enriquecendo os maus empresários da educação. Colocar dinheiro em escolas que oferecem formação de má qualidade e não possuem estrutura adequada é um atentado contra a população. Um médico mal formado não é alento à comunidade; pode representar grave risco à saúde.

Para resolver esse gargalo do sistema de saúde, precisamos de uma política transparente, racional, que considere as necessidades da população e trate com respeito os recursos humanos. São necessários remuneração adequada, possibilidade de educação continuada permanente, boas condições para o exercício profissional, entre outros pontos.

Enfim, precisamos urgentemente de bom senso. Não será com encaminhamentos esdrúxulos e equivocados que pagaremos a dívida social que temos com os desassistidos.  Precisamos, sim, é de postura pública e dignidade, o que envolve o resgate do Sistema Único de Saúde e o plano de carreira dos seus médicos.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica