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Posts Tagged ‘Obesidade’

Abbott retira Sibutramina do mercado nos EUA

A  solicitação veio da FDA, baseada no estudo clínico SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes Trial), que demonstrou uma elevação de risco em 16% de acidentes vasculares de diversas ordens.

 

Mais informações em: http://www.fda.gov/Safety/MedWatch/

Uso da sibutramina.


A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), emitiram um comunicado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no qual reiteram sua posição contra as recentes restrições ao uso da sibutramina.

No texto, as sociedades consideram a relação risco/benefício favorável ao uso do medicamento e afirmam que sua manutenção é necessária por tratar-se do “único medicamento antiobesidade de ação central aprovado no país para uso em longo prazo”.

As entidades avaliam como inadequada a inclusão da sibutramina na lista B2 de medicamentos, “já que, ao contrário de outros medicamentos nela listados, não existem evidências de potencial de dependência com a utilização de sibutramina”.

Leia na íntegra: http://sbem.org.br/media/uploads/OF_Sbem_Abeso_Anvisa_Sibutramina.pdf

Dr. Marcio Mancini
Presidente do Departamento de Obesidade da SBEM

Nova técnica reduz obesidade sem cirurgia

Fonte: Google image

Um novo procedimento pode ajudar pacientes obesos a perder peso e até evitar a cirurgia de obesidade, além de controlar o diabetes.

Trata-se de uma técnica endoscópica, que insere via oral uma espécie de revestimento de 62 centímetros no início do intestino delgado da pessoa. Isso impede a absorção de comida naquela região. O alimento, então, vai do estômago diretamente para a porção final do intestino.

Saiba mais, Clique aqui.

Obesidade estaria vinculada a menor volume do cérebro

A obesidade está vinculada a um volume menor do cérebro, segundo estudo publicado nesta quinta-feira. Ele também indica um aumento do risco de demência numa fase mais adiantada da vida em pessoas de idade média com boa saúde, mas que tenham excesso de gordura abdominal.

“Nossos resultados confirmam a relação entre o aumento do IMC e a redução do volume do cérebro nas pessoas mais idosas e de idade média, observadas previamente em um grupo de menos de 300 pessoas”, explicou Sudha Seshadri, da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, uma das principais autoras do estudo, divulgado no site “Annals of Neurology”.

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Dez passos para começar a combater a obesidade

O Dr. Abrão José Cury jr, coordenador do Congresso Paulista de Clínica Médica, que acontece nos dias 16 e 17 de abril de 2010, em São Paulo, dá dez dicas para se sentir melhor e começar a combater a obesidade, doença que abre portas para outros problemas.

1.                Cuide de sua saúde, mais do que de seu aspecto estético.

2.                Não sucumba às promessas de medicamentos mágicos, de dietas milagrosas e equipamentos de ginástica que trabalham por você.

3.                Perigo: medicamentos com hormônio tireoidiano, estimulantes, inibidores de apetite, diuréticos, laxantes, tranquilizantes e antidepressivos, usados em conjunto para emagrecer, são prejudiciais à saúde. Quando unidos a dietas milagrosas, são catastróficos. Podem provocar fraqueza, desmaios, palpitação, Infarto, redução da resistência, síncopes e mal-estar súbito.

4.                Comece passando por uma consulta médica. Através do exame clínico, o médico avalia sua condição física e sua saúde. Só o médico está habilitado a indicar o tratamento adequado para perder peso, o que pode incluir medicamentos.

5.                Um profissional da saúde, como um educador físico, deve ser consultado para que indique a atividade física adequada a seu biofísico.

6.                Procure uma nutricionista para que desenvolva um plano alimentar adequado às suas características e necessidades.

7.                No início, sem exageros e respeitando seus limites, a pessoa deve deixar mais o carro em casa e andar mais a pé. Troque o elevador por alguns lances de escadas.

8.                Evite alimentos gordurosos, doces e fast food.

9.                Nas refeições, prefira legumes, verduras e frutas.

10.           Mantenha-se hidratado, através do consumo de água frequentemente.

11.           Finalmente, entenda que o importante não é chegar ao peso ideal, mas ficar nele pelo resto da vida. Isso exige a adoção de hábitos saudáveis pra sempre.

Até graus menores de sobrepeso podem levar indivíduos susceptíveis a desenvolver doenças. Mesmo que o obeso esteja com seu colesterol controlado, não tenha diabetes, nem hipertensão, assim como outros problemas, a tendência é que venha a desenvolver alguma dessas doenças no futuro.

Estima-se que, no Brasil, cerca de 40% da população está acima do peso ou é obesa. A obesidade é reconhecida pela OMS – Organização Mundial de Saúde como doença grave, que atinge proporções epidêmicas no mundo.

Frente à sua importância, a obesidade é tema do Congresso Paulista de Clínica Médica, que acontece em 16 e 17 de abril de 2010, no Fecomercio (R Plínio de Barreto, 285), em São Paulo (SP). Informações no site www.clinicamedicaonline.com.br

FAQ Sobre Obesidade

Numa época onde as mais variadas dietas fazem parte do hábito alimentar, a obesidade figura entre os inimigos mortais da saúde e se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, trazendo prejuízos à saúde do indivíduo e compromete a sua integração social.

“Apesar de se tratar de uma condição clínica individual, a obesidade é vista, cada vez mais, como um sério e crescente problema de saúde pública. O excesso de peso predispõe o organismo a uma série de problemas, como doença cardiovascular, apnéia do sono, hipertensão arterial e alterações na circulação”, revela Dr. Vladimir Schraibman (CRM-SP 97304), especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia e único orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein (Proctor Intuitive Robotic System).

Em entrevista, Dr. Vladimir Schraibman responde 10 questões fundamentais sobre o tema:

1- Como definir obesidade? Ela pode ser considerada uma doença?

A obesidade pode ser definida como um índice de massa corporal (IMC) acima de 25. Quando esse índice está acima de 40, ela é definida como mórbida. Este número é obtido dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. Sem dúvida, a obesidade pode ser considerada uma doença e, nos dias atuais, uma epidemia que só vai aumentar. O tratamento preventivo é a melhor solução. A cirurgia bariátrica tem se apresentado como a melhor solução para os casos de obesidade mórbida.

2- Quais as causas da obesidade? Quais as pesquisas mais recentes nessa área?

Dentre as causas se destacam os fatores genéticos, ambientais (hábitos pessoais e familiares), hábitos populacionais, religião, fatores sócio-econômicos, compulsão ou depressão, entre outros.

As pesquisas mais recentes publicadas no periódico Obesity Surgery apontam para a multifatoriedade na gênese desta questão, levando a enorme dificuldade encontrada pelos pacientes em solucionar a sua situação uma vez instalado o problema.

3- Como saber se a origem é genética, hormonal ou por excesso de ingestão de alimentos?

Não há dados suficientes para que se mensure a influência de cada aspecto, já que a questão é multifatorial.

4- Como identificar quando a obesidade é causada por distúrbios psicológicos?

Geralmente, a obesidade de instalação rápida e sem causa aparente pode estar relacionada a distúrbios psicológicos ou hormonais. São os casos nos quais a pessoa engorda muito num curto espaço de tempo.

5- Podemos dizer que existe o melhor tratamento da obesidade?

A correta avaliação por médico competente é a melhor opção, que poderá indicar o tratamento adequado para o perfil do paciente, de acordo com os fatores relacionados, identificados por exames e consulta. Não podemos falar no melhor tratamento, mas sempre pensar em prescrever um tendo em vista as condições da pessoa. Cada caso é um caso, sempre.

6- Como uma pessoa pode saber que está acima do peso e entrando no quadro de obesidade ou obesidade mórbida?

Pessoas com IMC acima de 25 devem prestar atenção. A presença de familiares diretos com obesidade também deve acender sinal de alerta.

7- Quais os problemas físicos mais comuns ocasionados pela obesidade?

Os problemas desencadeados pela obesidade são inúmeros e vão desde a limitação física a trabalhos básicos e à locomoção, até distúrbios mais graves, como o aumento do colesterol, do triglicérides e da pressão arterial, diabetes, gota, artrose, coronariopatia, insuficiência renal, apnéia noturna do sono, esteatose hepática, insuficiências glandulares, entre outros.

8- Quais doenças que a obesidade pode causar em um indivíduo?

A de maior risco é a Síndrome X ou Síndrome Metabólica, que se constitui por hipertensão arterial, dislipidemia, hiperglicemia e resistencia aumentam a insulina.

9- A diabetes é uma delas? Então, como deve ser o tratamento para controlar as duas questões?

O tratamento deve ser feito a base de dieta hipocalórica, definida em parceria com um nutricionista, atividade física e cirurgia de redução de peso, quando indicado, e prescrição de medicações, quando necessárias.

10- Como o cirurgião gástrico e o endocrinologista atuam juntos no tratamento do paciente obeso?

O tratamento de um indivíduo obeso deve ser multidisciplinar, incluindo ainda cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais, de acordo com o quadro clínico.

Fonte: Dr. Vladimir Schraibman / CRM-SP 97304 (Cirurgia Geral e Gastrocirurgia)

Especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia e único orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein (Proctor Intuitive Robotic System).

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, com mestrado e doutorado em Ciências Médicas pelo Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, Dr. Vladimir Schraibman é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Videolaparoscópica (Sobracil), é médico colaborador do Setor de Fígado, Pâncreas e Vias Biliares do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo, além de integrar o corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Tem diversos artigos publicados em revistas e jornais científicos do Brasil e do exterior, além de intensa participação em congressos nacionais e internacionais.

Saúde Mental e Saúde Física: Depressão e Ansiedade associadas à Obesidade

A associação é fruto de pesquisa realizada com 4.363 participantes (britânicos) de idade entre 35 e 55 anos, e durou 19 anos (de 1985 a 2004). Pessoas com desordens de saúde mental, em especial depressão e obesidade, tem um risco aumentado em 100% para obesidade. A pesquisa foi publicada na edição de outubro da BMJ – British Medical Journal

Fonte:  BMJ – British Medical Journal, news release, Oct. 6, 2009

Medição do colesterol a partir dos dois anos de idade??

A recomendação, de especialistas do Incor, é para crianças que possuem histórico de doenças cardíacas na família. A obesidade infantil pode adiantar em até 20 anos problemas cardiovasculares

A obesidade na infância e na adolescência pode antecipar de 10 a 20 anos a manifestação de doenças cardiovasculares. De acordo com Dr. Raul Dias dos Santos, cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), ligado à Secretaria de Estado da Saúde, a criança acima do peso ideal pode desenvolver síndrome metabólica. Nessa condição, a obesidade acarreta, com o tempo, outras disfunções no organismo, como o aumento progressivo da pressão arterial e dos níveis de triglicérides e de glicose no sangue. “A síndrome é uma bomba-relógio que pode causar precocemente o aparecimento de diabetes e de doenças do coração e dos vasos”, alerta o médico.

Segundo o cardiologista, devido ao sedentarismo e à alimentação incorreta, a aceleração do processo de aterosclerose já pode se manifestar em jovens na faixa etária dos 18 anos. A aterosclerose se caracteriza pelo envelhecimento natural de vasos e de artérias do organismo. Quando exacerbada, ela pode levar à obstrução dessas vias de passagem do sangue e, em conseqüência, a infartos em órgãos importantes, como o coração e o cérebro. A aterosclerose pode ser detectada nessa faixa etária pelo ultrassom de carótidas. O exame identifica alterações precoces nessas artérias do pescoço – indicador importante do desenvolvimento da doença cardiovascular.

Por isso, é recomendável que, além de manter o peso em níveis ideais, crianças a partir de 10 anos dosem o colesterol. Com isso, pode-se identificar riscos e corrigir rumos, evitando, assim, complicações futuras. “Em crianças que possuem histórico de doenças cardíacas na família, a medição do colesterol deve ser feita logo aos dois anos de idade”, observa.

Para diminuir os riscos de doenças cardiovasculares, uma alimentação saudável e a prática de exercícios devem ser inseridas já na primeira infância. “É nessa fase que você deve implantar hábitos saudáveis”. O médico lembra, ainda, que a partir de dois anos de idade, alguns alimentos como leite e queijo devem ser reduzidos e trocados por gorduras vegetais.

A nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Incor, Juliana Maldonado, ressalta que a alimentação das crianças deve ser rica em frutas, verduras e legumes. No entanto, como a maioria delas reluta em comer esses alimentos, a nutricionista dá algumas dicas: “A mãe deve diversificar as formas de preparo, ou também pode variar a forma de apresentação do prato, tornando-os mais atrativos.” Outra dica da nutricionista é incentivar a criança a participar do preparo dos pratos ou também levá-la à feira ou ao supermercado, para despertar o interesse nesses alimentos.

Bolachas recheadas, salgadinhos industrializados e refrigerantes em geral são inimigos da boa alimentação, devido ao alto índice de gordura e de açúcar que esses produtos contêm. “São alimentos muito consumidos pelas crianças e que podem levar à síndrome metabólica e, no futuro, a problemas cardiovasculares”, destaca a nutricionista.

Secretaria de Estado da Saúde
Assessoria de Imprensa